27 de mar. de 2013

Norges best!

Nos dias de hoje, após anos de internet e de informação global e globalizada, a Noruega já não é mais um território desconhecido - enigmático até: trolls misteriosos escondidos na floresta, sol da meia-noite, ursos polares, enfim, coisas que há 20 anos, quando fui desavisadamente (e FELIZMENTE) parar naquelas plagas, eram os símbolos do país.
Hoje temos acesso ao icônico IDH campeão, às características de uma sociedade justa e verdadeiramente igualitária, o povo afável (o atirador Anders Behring foi, tristemente, ponto fora da curva e louco fanático existe em qualquer lugar...). E temos, sobretudo, acesso aos sites de natureza indescritível.
Há muitos lugares espetaculares a serem visitados e admirados ao redor do mundo, isso é verdade. Mas, puxando o codfish (bacalhau/bacalhoada é iguaria portuguesa) para a minha brasa, talvez haja pouca beleza tão singular e tão grandiosa, como se poderá ver no link em anexo.
A Noruega tem montanhas altíssimas - com picos nevados - as quais, apesar de se assemelharem aos Alpes e outras cadeias montanhosas, têm a particularidade de emoldurarem - e até sagradamente protegerem - os profundos e silenciosos fiordes. O contraste bate na alma: juntos, altura e profundidade, grandeza do espetáculo e pequeneza do ser humano, que nada mais pode fazer a não ser se emocionar e tentar se alimentar ao máximo daquele banquete imagético/natural/espiritual.
Antes de viajar para lá pela primeira vez, quando investigava sobre o país numa enciclopédia Delta Larousse impressa (sim, esse tempo existiu!!!), vi uma fotinho de uma casinha vermelha, à margem de um fiorde. Algumas informações sobre o tempo, alimentação etc., mas nada de muito significativo. Poucos dias antes da partida, sonhei se na Noruega havia sorvete... Sonho de quem revela altas preocupações de adolescente rebelde sem causa, que quer se enfiar no fim do mundo para ter uma experiência "diferente". Fui assim mesmo. Com lenço, documento e tudo de quentinho que pude encontrar para me proteger do suposto glaciar inclemente que estaria a minha espera.
As imagens dão uma boa amostra do que encontrei, além do sorvete, delicioso, por sinal (feito do puríssimo leite das super vacas subsidiadas, tratadas a pão-se-ló).
Por fim, mas não menos importante, tive o privilégio de encontrar, lá perto do Polo Norte, uma família viking hospedeira, acolhedora e maluquete da qual sou filha até hoje e que injetou em mim certo DNA nórdico, uma mutação maravilhosa!
Ainda bem que minha maior preocupação era a existência, ou não, do sorvete! Já pensaram se o meu temor fosse do frio, de trolls e de vikings chifrudos de cabelo vermelho???!!!


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